sábado, 22 de setembro de 2007

Uh! É Bienal!

Fui no Riocentro hoje conferir a Bienal. Volto pra casa com a satisfação de um dever cumprido, um livro mais pesado (prêmio de consolo), e carregado de muitas boas impressões. Isso porque estava caindo de sono, com uma leve ressaca e fascite plantar em ambos os pés -também chamado de inflamação na fáscia plantar, ou ainda puta dor que só piora com o andar.
Cara, não sei se é porque fiquei muito tempo sem ir, já que eu tinha matado a última, e daí o público foi sempre assim e eu que tinha esquecido, ou -o que é mais provável- os freqüentadores pularam da categoria de muita gente pra gente pra caralho. Ponto pra gente!

À merda com todo esse papo que brasileiro não lê, não quer ler, e se contenta com o alienante veículo televisivo. Não vou discutir a qualidade do que se está sendo lido. Não cabe a mim papel de crítico nem de educador. Bicho, as pessoas tão indo em massa pra Bienal do Livro, estão de fato buscando leitura e, a despeito do que seja, ALGUMA leitura é sempre melhor do que nenhuma. Vendo aquele povo todo com sacolinha debaixo do braço, com livro, revista e o diabo a quatro, vendo isso meu coraçãozinho de comunicólogo puquiano sorriu otimista.
Outro lance ótimo: muita coisa pra criança. Leitura é hábito. E como todo bom hábito, é de pequeno que se aprende... Vale ressaltar aí a importância dos quadrinhos como veículo meio termo entre o livro mesmo, que tem bem menos atrativos pra criança, e a imagem.

Findo esse papo meio besta de 'vamos construir o país com cultura', outros achados bacanas.
1) Uma loja só com precinhos bem em conta, o nome é algo como 'livros por R$9,99'. Tipo, eles vendem QUALQUER coisa. Tem mangá, tem Paulo Coelho, tem livro espírita, enfim, aleatoriedades a preço de banana;
2) Lançamentos -que talvez só sejam lançamentos pra mim- de HQ de endoidecer qualquer nerd. Mas tem aquele velho problema dos quadrinhos: preços salgadíssimos;
3) Muitas coisas, muitas mesmo além de livros, que variam desde os tradicionais quiosques de alimentação até tendas digitais(?), o que quer que isso signifique.
4) Depois de Marley e Eu, já podemos ver Marley e Eu versão pra quadrinhos, o encantador de cães, um livro de um porco de estimação -em breve preparem-se para o inusitado Lilly e eu, zoofilia com uma chinchila, de minha autoria.

Finalmente, mas não menos importantes, algumas bizarrices da Bienal. (a)Aparentemente comprar livros é ideal atividade para casais; (b) aparentemente comprar livros é suuuuper alternativo, o fato que me leva a crer nisso é a enorme incidência de clichês com seus cabelos esquisitos, roupas esquisitas e (pasmem!) pares esquisitos; (c) em determinado momento o corredor ficou (mais) congestionado porque alguém do evento tava dirigindo um carrinho pela passagem.

Que v-i-a-g-e-m! Espero ter mais dinheiro em dois anos.

Ps. O livro que comprei foi 'Ragtimes', tenho razões pra crer que o PH deve gostar.

Um comentário:

Unknown disse...

Depois me conte do livro!
Abraço!