quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Reparação - Ian McEwan

Finalmente li o tão falado livro do escritor britânico Ian McEwan, vencedor do Booker Prize de 1998 por Amsterdam. Considerado por muitos o melhor trabalho de McEwan, Reparação é, de fato, um clássico.

O romance começa em 1935 (alguns anos antes de eclodir a Segunda Guerra Mundial) e conta a história de Briony Tallis, menina inglesa de 13 anos com ambições literárias. Briony, com base na sua imaginação fértil e na confusão natural da pré-adolescência, cometerá um crime pelo qual tentará se reparar pelo resto da vida.

McEwan escreve fácil, levando o leitor pra onde quer, acelerando e desacelerando a narrativa quando bem entende. O ritmo não cai um só instante e o leitor fica ansioso para saber o que acontecerá nas páginas seguintes.

Briony é um personagem incrível; ao mesmo tempo ingênua e um gênio precoce. O leitor terá ódio da menina, mas logo a perdoará por perceber que tudo o que a caçula dos Tallis faz é buscar aceitação daqueles que a superprotegeram por tantos anos.

Mas o que mais me fascinou foi a delicadeza do texto. Confesso, tiveram partes em que eu quase chorei, e olha que isso é difícil. É emocionante mesmo, sem ser nem um pouco piegas. Acompanhar os pensamentos daqueles personagens é uma experiência deliciosamente triste. E a descrições da Segunda Guerra... putz!

Lindo! Mas não espere nada arrebatador; a beleza de Reparação se encontra na sua sutileza. A mensagem final é clara e dura. Ficou ecoando um tempão e ainda dá um aperto no peito:

Não, o tempo não apaga tudo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu quero leeeeeeeeeeeer!
Não amor, vc não pode me contar o final! hehehe
Beijo grande, te amo!